SAMBAS-ENREDO ANTIGOS
1992
Enredo: Cem anos nas ondas de Copacabana
Compositores: Manoelzinho Poeta, Jorge Moreira e Edu
Raiou o sol
Nas águas claras de “Sacopênapam”
Assim o índio um dia ma chamou
O homem branco que me batizou
E hoje eu sou a princesinha do mar
Copacabana tenho história para contar
É verão
E a mulata banha o corpo sensual
É jóia rara tradição do carnaval
Dei meu nome à avenida
Sou fachada de hotel
A cem anos minhas ondas
Refletem o azul do céu
E nos bares da vida
Ricos e pobres se encontram no lazer
Com harmonia
Se fala em samba
Coisas de amor e solidão
E os poetas amantes da boêmia
Decantam em poesias
Esse lindo visual
O meu colar de luzes reluzentes
Ilumina essa gente
Que hoje vem me exaltar
Brilha Copacabana
Com Vigário Geral
Ao romper de um novo ano
Tudo é festa e carnaval
1996
Enredo: Fica o dito pelo não dito
Compositores:
Hoje eu não quero nem saber
Se vou ganhar, se vou perder
Quero ser bem informado
Quem não se comunica
Se trumbica pra valer
Quem convida, dá banquete
O dia-a-dia é pra quem sabe viver
Sorte no jogo, feliz no amor
É no encanto de Vigário que eu vou
Quero ser feliz
A tristeza esquecer
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura"
Algum dia hei de vencer
Nem tudo que reluz é ouro
Mas você é um tesouro
Que jamais posso perder
Nem tudo que balança cai
Bailando eu faço um carnaval
E quem é vivo amor sempre aparece
Um grande amor ninguém esquece
Sonhando nos braços da folia
Eu quero paz, amor e alegria
Quem viver então verá
Lindas baianas nesta festa popular
1997
Enredo: Rio de Janeiro - Uma sinfonia apoteótica
Compositores:
De janeiro a janeiro
Eu vou festejar
Com a minha escola na avenida
A alegria está no ar
Com lindas festas da cultura popular
Através do tempo o povo cultua tradições
Nos doze meses do ano
Em comemorações
Folia de reis, alegria geral
As cavalhadas e o nosso carnaval
E no mês de maio, oh felicidade!
Um cheiro de perfume pelo ar
É o dia das mães, é a vida a cantar
Os noivos trocando juras ao luar
No matrimônio, sonho lindo de sonhar
Vou pular fogueira, vou soltar balão
Vou dançar quadrilha em noite de São João
Então nesse cenário de magia
Sou criança, sou folia
Com vontade de brincar
A natureza sorrindo
E as pipas vão bailando pelo ar
O orvalho caindo, enfeitando a flor
É primavera... inspirando amor
Salve São Cosme e Damião
Nossa Independência e a Proclamação
As cores da nossa bandeira, me pavilhão
E a paz que vem na voz de uma canção
Iemanjá, rainha do mar
Hoje Vigário na avenida
Traz oferendas para te homenagear
1998
Enredo: Conto dourado de um povo sonhador
Compositores: Budica, Jairo, Carneiro e Wellington
Sou a verdadeira alegria
Um expoente em seu cantar
Sou a criança
Que o mago, senhor dos sonhos
Em sua viagem vai levando
Pelo portal da esperança
Deixando meus direitos humanos
E a natureza multicor
Dourado é o sol
Prateada é a lua
Este povo sonhador
Tem espaço nesta rua
Nos meus sonhos
Dois seres confundem minha mente
São duendes: o bem e o mal
Um entristece meus caminhos
Me deixando tão sozinho
Sem amor e sem carinho, na escuridão
O outro me abraça alegremente
Vejo o futuro em minha frente
Brilhante como a luz do meu olhar
Quando eu despertar desta ilusão
Eu sei que... A realidade vai voltar
Na ciranda desta vida
Vejam que me dá as mãos
Você foi igual a mim
Vem de Vigário esta emoção
2001
Enredo: África, glória e êxtase
Compositores: Toninho da Telma, Suel Paiva, Dom Mosquito e Fofão
Nas asas da imaginação
O meu pensamento voa
E no oriente foi buscar, prá contar
A história de Áfrika
Jovem tão bela e desejada
Que sonhava um reino de paz
Seu sonho foi realizado
Com a proteção dos orixás
O fi la alaye
O irê ile awa
E babá a awure
O irê ile awa
Olurum, o firmamento
O verde e o mar, Obatalá
Surgiu a corte, com a força de Oxalá
Tornou-se deusa ao entregar seu coração
Sete dias, sete noites, prá comemorar a união
Seus filhos correram mundo
Deixando no Brasil a sua marca
A arte, a cultura e a religião
Nos fizeram assim, filhos de Áfrika
Moça bonita como é lindo a gente ver
Minha escola faz a festa, em homenagem a você
Olha que tem fogos no céu (tem, tem, tem)
A festa já vai começar (vou me acabar)
Chegou Vigário na avenida
Trazendo a África no seu cantar.
2002
Enredo: A Metamorfose da Vida
Compositores:
Sonhei com o novo mundo
E eu era o criador ôôô
Surgiam anjos na imensidão
Anunciando o despertar da vida
E no bailado de mil borboletas pra desabrochar
A escuridão, a luz vem dissipar
E o rei Sol desperta a natureza
Tem os mistérios do mar
Tão belo azul, linda cor
Encontro a Terra com carinho e amor
Cheiro de flores no ar, é primavera
Outono frutos nos dá, quero provar
Inverno vou me enroscar todo em você
Verão, o Sol vem pra nos aquecer
Lindo...
Lindo é o poder da criação
E pintado por divina mão
Aquarela vira o show
E assim...
Nossa escola vai surgir tão bela
Universo é passarela
Vem mostrar essa transformação
Hoje...
Sou plebeu ou sou rei na avenida
Me transformo, esqueço da vida
A festa é nossa, hoje é carnaval
Quero ver o bem vencendo o mal
Quero paz, amor e alegria
Chegou pra abalar, Vigário Geral
Vou cair nesta folia
2003
Enredo: Ary Barroso, o Mister Samba
Compositores: Leonel, Budica, Beto Professor e Rubem Moreno
Ary Barroso, "Mister" Samba
“É um pouquinho de Brasil, iaiá”
Menino da tia Ritinha, excelente pianista
Nasceu em Ubá
Doutor, provou... O bom que a vida oferecia
Talentos revelou e orquestrou
Teatro e cinema com maestria
“Dá nela” uma cantada
Por cinco conto de réis
“Essa mulata quando samba”
Eu dou “Grau Dez”
Locutor e humorista
Flamenguista, animador
Até Walt Disney encantou
Zé Carioca, “Você já foi à Bahia”
Saborear “Os Quindins de Iaiá” ?
Baiana da “Baixa do Sapateiro”
Tem vatapá no tabuleiro
Ary de grandes obras musicais
Lutou pelos direitos autorais
“E o asfalto como passarela” foi a tela
Dos seus versos tão profundos
Partiu quando a Império desfilou
Sua “Aquarela do Brasil”
Hoje é do mundo
Toca a gaitinha, aí
Alô Vigário Geral
Ary Barroso é o nosso carnaval
2005
Enredo: Respeitável público, o circo chegou!
Compositores: Vadinho e Lúcio PDF
Amor amor ô sorria!
Sorria o circo chegou
Entra em cena os artistas
Trapezistas e equilibristas
O incrível domador
Vou, ora se vou, viajar na fantasia
Abraçar a alegria
Neste carrossel de ilusões eu vou
Hoje volta a ser criança
Viajar nesta lembrança
Como é doce o meu sonhar
Respeitável público
O show está no ar
Chegou a hora do palhaço gargalhar
Quanta magia
Neste mundo de ilusão
O humor que irradia o picadeiro
Explode em cada rosto uma emoção
Que maravilha
Eis ai os Trapalhões
Quero, quero, quero
Carequinha e outros mais
Charlin Chaplin e outros imortais
Sou o samba, sou Vigário sou Geral
Trago o circo pra avenida
Pra brincar meu carnaval
2006
Enredo: Cantos e encantos, um acalanto para Uiara
Compositores: Vadinho de Vigário, Quinzinho, Lúcio PDF e Farinha da FM
Clareou...
As águas do velho Chico
É lua cheia
Um ser encantado mãe d"água vai surgir
Remeiros, pescadores, índios Cariris
Presentes e oferendas vêm lhe ofertar
Rufam os torés, vem anunciar
Uiara vai chegar
E o rio escurece, mas Uiara aparece
Quanta beleza, me seduz o seu cantar
Quanta magia
Na sutileza deste seu olhar
Deu meia noite
Negro d"água vai levar
Oferendas à Uiara
E faz o rio clarear
Vem, vem do céu, uma cascata de luz
A lua prateada
Resplandece a Terra
E as águas a iluminar
E, mas tudo é silêncio
Uma voz, um acalanto, vem ninar
E faz o rio adormecer
É noite alta vem um novo alvorecer
Minha tribo na avenida vem brincar
O canto de Uiara a ecoar
Um mistério está presente, é Carnaval
Brilha com meu Vigário Geral
2007
Enredo: Signo, sonhos do imaginário? Ou conto do vigário?
Compositores: Antonio Amaral, Alzair, Emanuel e Henrique
Voando com o meu imaginário
Num belo barco prateado
Na avenida eu cheguei
Meu sonho hoje é realidade
Igual a um brasileiro operário
Não sei se sou malandro ou otário
Viajando neste relicário
Vejo o Carnaval do seu Vigário
Gira, gira, baiana, feiticeira indiana
Deusa da astrologia
Me traga o seu alto astral
E veja o meu futuro em sua bola de cristal
E na passarela colorida
A lua e o sol vêm se encontrar
Surge a astrologia, o signo da era zodiacal
E no Carnaval eu sou criança
Com alegria e esperança
Do meu Brasil bem melhor
E quando acabar este plenário
Vou bater no peito e dizer
Sou brasileiro mas não sou otário
Pisa forte na avenida, eu vou
No swingar da nossa bateria
Hoje a Intendente vai tremer
O conto do Vigário é pra valer